domingo, 7 de outubro de 2007

SIMBIOSE

Vi no outro dia numa série da televisão uma senhora que, de tão obesa, se deixou afundar no sofá diante do aparelho de TV. A família dava-lhe de comer lá, onde ela dormia e fazia também as suas necessidades, até ela e o sofá serem apenas um, porque a pele se colou ao tecido e com os dejectos acabaram formando uma sociedade bizarra. Quando foi preciso levá-la para o hospital, o sofá foi agarrado a ela, num camião.
Ora eu fiquei a ruminar cá com os meus botões e a pensar nos praticantes cada vez mais aficionados que o couching tem no nosso país. Não tarda muito ainda fazemos o jeito à mobília e deixamo-la proliferar por aí à mistura com as nossas peles, até sermos unos com ela.
Brrrrrrrrrrrrrr…Até me deu um arrepio.
Pelo sim, pelo não vou passear o cão. Sempre é meia horita de caminhada por dia. E naquele mando eu! Dispenso o comando!

1 comentário:

Carlus disse...

O problema maior nem é a simbiose com a mobília. Um belo de um bisturi (ou outro equipamento quejando)resolve! O problema é que as pessoas deixaram de viver as suas vidas para assistirem às vidas de outros, ficcionais ou reais. E isso, sim, não há bisturi que resolva! Só mesmo o próprio.