segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Filhos & Ca.

Há bocado, conversava com um amigo sobre um relacionamento terminado. Perguntava-me ele, inexperiente nestas coisas, se doía muito. Respondi que sim, que era sempre um projecto de vida a dois que, por algum motivo, terminara, mas que era bem pior quando a situação envolvia filhos. Aí sofriam todos: quem saía, porque tinha de deixar ficar; quem ficava, porque via partir e que, no meio disso tudo, só o tempo, na sua enorme sabedoria, viria a escamotear as coisas más e transformá-las em algo positivo.
Quando me disse que não tinha filhos, fiquei triste.
Pensei naquelas trapalhadas todas em que tropeçamos quando tentamos fazer alguma coisa com eles em casa, nas incontáveis vezes que nos gastam o nome por uma coisita de nada, nas noites mal dormidas com eles cheios de febre, e tal... Depois pensei em tudo o que nos fazem para encher a casa até à telha, com a sua alegria, com os Domingos de manhã na cama todos nas cócegas, com os cheirinhos doces que só os pais farejam nas suas crias e pensei com orgulho na "obra feita". Sim, o edifício fica mais completo quando se fazem filhos, até porque, com eles tocamos a eternidade. Nunca morremos. São eles que nos imortalizam.
Há uns dias recebi um video publicitário de propaganda a preservativos. Consistia exactamente em promover o seu uso para não ter de aturar uma criança a fazer birra num supermercado.
Tenho pena, sinceramente, que haja quem não entenda a maravilha que é ter filhos. E percebi, mais uma vez,que a minha riqueza está nos meus.

1 comentário:

Sargento Pimenta disse...

Pois... nem imaginas o que passei para ter filhos. Mas infelizmente, apesar de ter engravidado a minha mulher, não deu... E depois fechou a loja. Obrigado pela força